Basket – empresa

Jogar ou trabalhar com basquete pode representar para muitos uma simples atividade esportiva. Lógico que não deixa de ser uma opção excepcional de lazer, confraternização e entretenimento para muitas pessoas. Conheço muitos assisenses que se enchem de orgulho só por terem a oportunidade de poder torcer pelo Conti/Assis. Isso deve acontecer também em outras cidades. Mas, nós profissionais do esporte, temos que encarar este trabalho como se estivéssemos trabalhando em um ramo empresarial mesmo. Em qualquer clube as exigências são grandes, quando a cidade “respira” basquete as cobranças são maiores ainda. Nós mexemos com a paixão e a emoção das pessoas. Desta forma, jamais podemos trabalhar com amadorismo. Temos que agir sempre da mesma maneira como é feito em uma empresa de qualquer segmento profissional. Em minha opinião, todas as qualidades que um funcionário deve ter para prosperar dentro de uma empresa se encaixam perfeitamente em um atleta de basquetebol: disciplina, motivação, empenho, responsabilidade, lealdade, companheirismo, sinceridade, dedicação e profissionalismo. Acredito que esses quesitos são fundamentais e essenciais para que o trabalho renda frutos, vitórias, conquistas e sucesso. Sempre procurei transmitir isso para os meus atletas.

Em um quadro de funcionários de uma empresa ou em um elenco de atletas o mais difícil para quem está à frente dos trabalhos é administrar vaidades. Na maioria das vezes, todos buscam a mesma coisa, todos querem ser reconhecidos, valorizados e respeitados. Arrogância, egoísmo, vaidade e falsidade destroem qualquer trabalho. Graças a Deus, aqui no Conti/Assis, tentamos trabalhar com a filosofia em que o “nós” é muito mais importante que o “eu”. Acho até que este é um dos principais motivos que fez o Conti/Assis se tornar um time vencedor, respeitado e admirado. Nas equipes que dirijo procuro sempre usar métodos simples e praticáveis: trabalho de motivação, união do grupo, transparência no relacionamento, fazendo com que todos saibam conviver com os defeitos de seus companheiros, assimilando que o mais importante em um trabalho coletivo é que todos realmente se dediquem aos objetivos traçados na temporada. Só se consegue isso com a união de esforços, aliado à dedicação, empenho, sinceridade, vontade e o mais importante, humildade. Aprendi que não adianta termos um chefe bravo, o que precisamos é termos um bom líder.

Outro segredo importante para um funcionário de uma empresa ou um jogador de basquete produzir bem está na maneira de realizar as coisas. Quando fazemos nossas tarefas e obrigações com prazer às coisas se tornam mais fáceis. Vou mais além: “Felizes são aqueles que fazem o que gostam”. No basquete a única derrota aceitável é quando o adversário comprova que foi superior dentro da quadra, o mesmo ocorre com uma empresa que está no mercado. O basquete, embora sendo um esporte muito difícil e complexo, tem métodos e alternativas que facilitam bastante o trabalho. Antes de tudo você tem que ter um bom time: “Uma boa equipe é aquela em que cada um executa a sua função da melhor maneira”. Por exemplo: o armador é o “maestro” da equipe. Ele que organiza e, por naturalidade, é o líder dentro da quadra. Os alas ou laterais têm que ser bons finalizadores, infiltradores e manter uma boa média de pontuação. Os pivôs têm que ter muita disposição, força física, boa impulsão e muita vontade de pegar rebotes. Com outras palavras e funções se transportarmos tudo isso para uma empresa qualquer, vamos chegar à conclusão que a filosofia de um trabalho para o outro é a mesma, só muda a maneira de agir e praticar.

Finalizando, se traçarmos um paralelo entre uma atividade esportiva profissional e uma atividade empresarial, vamos perceber muita semelhança entre ambas, mas a diferença da vitória para a derrota, do sucesso para o fracasso, do lucro para o prejuízo, está na dedicação, na vontade e no comprometimento das pessoas que trabalham ao seu lado.

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