Archive for the ‘Marco Antônio Aga’ Category

Começa o NBB

janeiro 28, 2009

Após a criação da NLB (Nossa Liga de Basquete), que teve como principais lideres os ex-jogadores Oscar Schmidt, Paula e Hortência, da Associação dos Clubes de Basquete do Brasil (ACB-Brasil), entidade que foi fundada pelos principais clubes do Estado de São Paulo, chegamos realmente ao momento dos clubes brasileiros realizarem seu primeiro campeonato oficial. O NBB, de responsabilidade da Liga Nacional de Basquete (LNB), com a chancela da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e apoio da Rede Globo de Televisão, com início dia 28 de janeiro, promete ser um novo marco na história do basquete brasileiro.

São quinze clubes, representando seis Estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, mais o Distrito Federal. A rodada de abertura terá Universo/Brasília x Assis Basket, Pinheiros x Flamengo, Paulistano x Minas Tênis, São José/Vinac x Univates/Bira, Winner/Limeira x Joinville, Saldanha da Gama x Vivo/Franca e Cetaf x Lupo/Araraquara. Folga na primeira rodada a equipe de Bauru. O lançamento oficial do NBB aconteceu no dia 15 de dezembro de 2.008, no Ginásio do Esporte Clube Pinheiros, com a presença de atletas e técnicos das quinze equipes participantes, do jornalista e apresentador Pedro Bial, do Ministro dos Esportes, Orlando Silva, do Secretário Geral da FIBA Américas, Alberto Garcia, do presidente da CBB, Gerasime Bozikis (Grego), do presidente da FPB, Toni Chakmati, do ex-atleta Oscar Schmidt, do diretor executivo da Rede Globo, Luis Fernando Lima, e de muitos outros convidados e personalidades do mundo esportivo.

Fazendo uma pequena retrospectiva, a LNB foi fundada por dezenove clubes do país no dia 01 de agosto de 2.008, numa fusão dos clubes da ACB do Brasil com os clubes do comitê executivo da CBB. O principal objetivo da nova entidade é organizar e promover os próximos campeonatos nacionais. A expectativa e a esperança é que com criação da LNB, que culminou com o primeiro campeonato nacional organizado e gerido realmente pelos clubes, denominado NBB, possa fazer com que o basquete volte a ser uma das principais modalidades esportivas do país. O primeiro presidente eleito da LNB é o empresário Kouros Monadjemi. Amigos “basqueteiros”, vamos torcer bastante para que o NBB seja o recomeço de novos e bons tempos para o basquete brasileiro.

Estamos tendo uma oportunidade única de recolocar nossa modalidade no lugar que jamais deveria ter saido. Ninguém dúvida que o basquete é um ótimo produto para se buscar retorno de mídia e de marketing. O que precisamos é de organização, planejamento, credibilidade, união de esforços, transparência, democracia, esses quesitos a diretoria da LNB já colocou tudo em prática. O NBB começa com cinco grandes favoritos: Universo, Flamengo, Limeira, Franca e Minas Tênis, mas outras equipes também tem tudo para realizar uma boa campanha, deixando o campeonato bem atrativo e equilibrado. Independentemente de quem seja campeão, o mais importante é que a competição seja bem organizada, de bom nível técnico, com boa visibilidade e retorno de mídia para todos patrocinadores, desta forma, todos sairão vencedores, em especial, o basquete brasileiro, que está comemorando, agora em janeiro, cinquenta anos da conquista do primeiro título de campeão mundial.

2009 pode ser diferente!

dezembro 29, 2008

No país da “bola laranja” toma posse Barack Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Só por isso, politicamente, o ano que se inicia já pode ser considerado diferente dos outros. No Brasil esportivo, na modalidade basquetebol, temos muitos ingredientes para crer que 2009 também pode ser diferente. Há enorme expectativa de que o ano a se iniciar daqui alguns dias será o da mudança, da reconstrução e da esperança de podermos ver nosso basquete voltar a ser um dos esportes mais importantes do Brasil. Na primeira semana de janeiro começam os playoffs semifinais do paulista com os confrontos entre Winner/Limeira x E.C. Pinheiros e Vivo/Franca x Paulistano/Amil. Duelos acirrados e emocionantes.

Dia 23 tem início o primeiro campeonato nacional organizado e promovido pelos clubes. O NBB (Novo Basquete Brasil), uma promoção da Liga Nacional de Basquete (LNB), com o apoio da Rede Globo de Televisão, tem tudo para ser o melhor e o mais organizado campeonato dos últimos anos. A primeira edição do NBB é completamente diferente dos campeonatos tradicionais realizados no Brasil. Três quesitos comprovam a diferença:

  • os dirigentes da LNB se preocuparam com a qualidade técnica da competição, vetando a participação de equipes com elencos considerados fracos tecnicamente;
  • a elaboração do regulamento, do sistema de disputa e da tabela foi discutida exaustivamente pelos clubes participantes:
  • o retorno de mídia para os patrocinadores está praticamente garantido através do contrato assinado entre a LNB e a Rede Globo de Televisão.

Outro momento importante no novo ano são as eleições para escolher o novo presidente da Confederação Brasileira de Basketball (CBB). Infelizmente, diferente do que acontece em nosso país, considerado um dos mais democráticos do mundo, que elegeu por duas vezes o presidente Lula, um político que veio das camadas mais pobres da população e do movimento sindical, só tem direito a voto nas eleições da CBB os presidentes das 27 federações estaduais. Entendo que em todas as eleições de federações e confederações deveriam votar presidentes de clubes federados, comissão técnica e atletas regularmente inscritos e registrados para que o pleito fosse muito mais democrático. Por todos esses argumentos acredito que 2009 será marcado pelo início de novos e bons tempos para o basquetebol brasileiro.

Deixo uma mensagem especial a todos os “basqueteiros” do Brasil: “Vamos começar o novo ano com as esperanças redobradas e fé em Deus para que tudo o que está sendo planejado traga bons resultados e que realmente saia como grande vencedor o basquetebol brasileiro”. Desejo a todos os leitores de meus artigos um Feliz Ano Novo, com muita paz, saúde e prosperidade. Confesso que começarei o ano torcendo muito para que nosso basquetebol seja o grande destaque esportivo de 2009 conquistando muitas vitórias.

Termino, desejando a todos os meus amigos e amigas um ótimo Ano Novo e que Deus continue iluminando o caminho de todos vocês. Não se esqueçam, só alcançaremos o sucesso e a felicidade na nossa vida profissional ou familiar se vivermos uma vida espiritual intensa, com temor a Deus, com bons princípios, cultivando sempre a amizade e o respeito ao próximo. Lembrem-se, uma das grandes verdades da vida é que colhemos aquilo que plantamos. Comece 2009 diferente. Distribua a todos, familiares, amigos, companheiros, colegas de profissão: camaradagem, solidariedade, respeito e gratidão.

Feliz 2009 a todos nós!

Capital x Interior

dezembro 22, 2008

Tudo começou no dia 29 de abril de 1.924 quando foi fundada a Federação Paulista de Bola ao Cesto. Em 03 de dezembro de 1.942 a entidade máxima do basquetebol do Estado de São Paulo passou a chamar-se Federação Paulista de Basketball. Com o passar dos anos a FPB se tornou uma das principais entidades do basquetebol brasileiro. Atualmente é presidida pelo competente e candidato a presidente da CBB, Toni Chakmati. Além de promover o melhor campeonato regional do país, ela é a responsável também pelo desenvolvimento de todas as categorias menores. Seus campeonatos são bem organizados e os da Série A-1 masculino e feminino conta com o apoio excepcional da ESPN-Brasil.

O Campeonato Paulista da Divisão Especial Série A-1 Masculino começou a ser disputado em 1.978. O da atual temporada é o trigésimo primeiro (31º) a ser disputado. De 1.978 até 1.986 as equipes da Capital mantiveram a hegemonia na conquista de títulos. Em 1.987 o Clube de Campo de Rio Claro quebrou esta hegemonia e de lá pra cá todos os títulos conquistados até hoje foram ganhos por equipes do Interior do Estado de São Paulo, com destaque para as cidades de Rio Claro, Franca e Ribeirão Preto. Na história da Série A-1 apenas nove cidades conquistaram o título de campeão paulista: São Paulo (Capital) – 7 vezes; Franca – 7 vezes; Rio Claro e Ribeirão Preto – 5 vezes; São José dos Campos – 2 vezes; e Lençóis Paulista, Mogi das Cruzes, Bauru e Barueri (time do Oscar Schimdt) – 1 vez. Temos equipes e cidades tradicionais do basquetebol paulista e brasileiro que jamais conquistaram um único título sequer, algumas nunca participaram de uma final de campeonato. Ser campeão não é fácil. É uma luta dura, árdua, difícil, que requer a união de todos. Se fosse fácil, não teríamos apenas nove cidades do Estado de São Paulo a conseguir este feito.

O Conti/AMEA/Assis em apenas seis anos disputando a Série A-1 chegou três vezes a semifinal, sendo que, em uma delas, fez a final do campeonato, perdendo o título por 3 x 2 nos plays-offs, no quinto jogo, na prorrogação, por apenas dois pontos de diferença e contra um adversário que dispensa apresentações (Franca). Não resta dúvida que o campeonato paulista deste ano tem um atrativo diferente. Há muitos anos não tínhamos nas semifinais duas equipes da Capital contra duas equipes do Interior. Os playoffs semifinais serão disputados a partir de 05 de janeiro. Winner/Limeira x E. C. Pinheiros e Vivo/Franca x C.A. Paulistano. Os playoffs serão disputados em uma melhor de cinco partidas. Teoricamente os favoritos são os dois times do Interior, mas tudo pode acontecer, pois o equilíbrio e alguns resultados surpreendentes foram a tonica deste campeonato. Outra disputa interessante estará nos bancos das equipes. São dois técnicos de uma história e de um currículo extenso contra dois técnicos da nova geração. Hélio Rubens e Claudio Mortari, de Franca e Pinheiros, respectivamente, que já foram técnicos da seleção brasileira, enfrentarão João Marcelo, do Paulistano, e Zanon, da Winner/Limeira.

Das quatro equipes semifinalistas apenas Franca já foi campeão. Se qualquer uma das outras três equipes conquistarem o título será de forma inédita. Sem dúvida a empreitada não será fácil. A história do basquetebol paulista mostra que muitos clubes ficaram pelo caminho, fazendo boas campanhas, mas não conseguindo jamais conquistar o título de campeão paulista, outros encerraram suas atividades sem qualquer conquista e alguns mudaram até o investimento para outras modalidades. Na verdade, ser campeão não é fácil. Não só no basquetebol, mas em qualquer competição. Torço para que nessa disputa Capital x Interior, que vença o melhor. Uma coisa é certa, será uma disputa acirrada, interessante e de grandes emoções. Posso até errar, porque o basquetebol é imprevisível e porque o Paulistano e o Pinheiros chegaram por mérito, competência, trabalho e qualidade do elenco, mas acho que a final será entre Winner/Limeira x Vivo/Franca.

Chegaram os playoffs

dezembro 12, 2008

Encerrada a fase de classificação, as oito melhores equipes disputarão os playoffs do Campeonato Paulista da Divisão Especial Masculino Série A-1. A Federação Paulista de Basketball (FPB) definiu que as quartas-de-final serão disputadas ainda no mês de dezembro, 14 a 22. Em janeiro teremos semifinais e final. O Paulista deste ano teve a participação de quinze equipes.

Após turno e returno, onde cada equipe jogou 28 partidas, a classificação ficou assim: 1º: Winner/Limeira; 2º: Vivo/Franca; 3º: Paulistano/Dix Saúde; 4º: E.C. Pinheiros; 5º: São José/Vinac; 6º: Ulbra/Rio Claro; 7º: GRSA/Bauru; 8º: Conti/AMEA/Assis; 9º: Flextronics/Sorocaba; 10º: Lupo/Araraquara; 11º: AABI/Casa Branca; 12º: XV/Cosam/Piracicaba; 13º: Apaba/Santo André; 14º: A.D. Guarujá; 15º: Internacional/Fupes/Santos.  Como diz o ditado popular: “agora chegou a hora da onça beber água”, quem “tropeçar” nos play-offs dá adeus ao campeonato. Na teoria, todas as equipes consideradas favoritas estão nos play-offs. A surpresa positiva desta temporada foi a campanha do Flextronics/Sorocaba, comandada pelo técnico e ex-jogador Rinaldo. Outro fato positivo foi que após muitos anos duas equipes da Capital (Paulistano e Pinheiros) se encontram entre os primeiros colocados.

Os playoffs serão disputados numa melhor de cinco partidas e a ESPN-Brasil, como sempre, promete uma cobertura excepcional durante toda a realização dos playoffs. Os confrontos serão: Winner/Limeira x Conti/AMEA/Assis; Vivo/Franca x GRSA/Bauru; Paulistano/Dix Saúde x Ulbra/Rio Claro; E.C. Pinheiros x São José/Vinac. Pelo regulamento, as equipes que totalizarem três vitórias avançam ao playoff semifinal. Das últimas edições do paulista, esta foi das mais equilibradas, com resultados surpreendentes, jogos equilibradíssimos e uma disputa acirrada entre as quinze equipes participantes. Se continuar assim os playoffs também deverão ter partidas disputadíssimas, mas a tendência é que as equipes com mando de quadra levem certo favoritismo.

Dezembro e janeiro prometem muitas emoções para o basquetebol paulista. A imprensa especializada aponta Winner/Limeira e Vivo/Franca como favoritos a disputa do título. Registro mais uma vez que o campeonato foi muito bem organizado, com respeito ao regulamento e ao sistema de disputa, comportado no aspecto disciplinar e contou também com um bom nível de arbitragem. Sabemos como é difícil administrar uma competição desta envergadura, uma das mais importantes e uma das mais disputadas do país. Finalizo parabenizando os dirigentes da Federação Paulista, em especial nosso bicampeão mundial Rosa Branca, diretor responsável pelo campeonato, que ao lado do presidente Toni Chakmati demonstrou muita competência, sabedoria e transparência para promover mais uma edição do melhor campeonato estadual do Brasil.

Exemplo a ser seguido

dezembro 3, 2008

Trinta anos atrás a Federação Paulista de Basketball (FPB) promovia o primeiro Campeonato Paulista da Divisão Especial Série A-1. Presidida pelo dirigente Toni Chakmati, um dos mais competentes e influentes dirigentes do basquetebol brasileiro e internacional, já que há muitos anos acumula funções de destaque na FIBA e na Consulbasket, a Federação Paulista de Basquete dá exemplos de como promover e organizar uma competição importante. A história atesta e os números comprovam o sucesso e a competência da entidade em promover o melhor campeonato regional disputado na América Latina. As disputas e as rivalidades são acirradas.

Só para se ter uma idéia, até hoje, desde que o campeonato paulista foi criado, apenas nove cidades conquistaram o título de campeão: São Paulo (Capital) – 7 vezes; Franca – 7 vezes; Rio Claro e Ribeirão Preto – 5 vezes; São José dos Campos – 2 vezes; e Lençóis Paulista, Mogi das Cruzes, Bauru e Barueri – 1 vez cada. Na atual temporada temos quinze equipes lutando pelo título paulista. Faltam três rodadas para terminar a fase de classificação e as oito equipes definidas para os play-offs, só faltando definir a posição final de cada uma, são: Winner/Limeira, Vivo/Franca, EC Pinheiros, C.A. Paulistano/Amil, Ulbra/Rio Claro, A.E.S. José Basketball/Vinac, GRSA/Bauru e Conti/AMEA/Assis.

Atesto que todos os campeonatos realizados durante a gestão do presidente Chakmati foram de muita organização, critério, equilíbrio, partidas emocionantes, ótima visibilidade e bastante retorno de mídia para as empresas patrocinadoras, graças ao show de cobertura e transmissão da ESPN-Brasil. Não é demais frisar que, além de responsável em promover o melhor campeonato adulto do país, a Federação cuida do desenvolvimento de todas as categorias menores, inclusive na formação e revelação de novos talentos, com a convocação de diversos atletas para defender as seleções paulistas em diversas categorias menores e na disputa anual do Troféu Osvaldo Caviglia para os melhores atletas e técnicos de cada temporada. Temos o Torneio Novo Milênio, uma competição que a cada ano se transforma em uma das mais importantes do Brasil e, além disso, outras ações importantes são realizadas pela Federação em beneficio do basquetebol, com destaque para os cursos de arbitragem, clínicas para técnicos e árbitros, festivais de categorias menores e parcerias com outras entidades esportivas para a realização de diversas competições.

Sei que o sucesso do basquetebol paulista vem de muitas décadas, mas nos últimos anos, os dirigentes da Federação Paulista, liderados pelo Toni Chakmati, realizam uma administração séria, dedicada, com muito empenho, demonstrando serem pessoas abnegadas e apaixonadas pelo basquetebol. Se o basquetebol brasileiro vem vivendo sucessivas crises, em contrapartida, no Estado de São Paulo, jamais viveu algo semelhante. Temos que levar essas experiências e iniciativas de sucesso para todo o Brasil. O basquetebol continua sendo uma das principais modalidades esportivas do país e um excelente produto midiático para as empresas nacionais e multinacionais. Com esforço, união, sem rancor ou bairrismo, teremos em breve, uma excepcional oportunidade de recolocar nossa modalidade no lugar que merece. Não deixemos que outros interesses nos façam desistir de operar uma mudança drástica no basquetebol brasileiro.

Acredito que, unidos, com perseverança, esperança e otimismo tudo isso virá mais cedo do que esperamos e mais tarde do que gostaríamos.

Recordar é viver!

novembro 27, 2008

Emocionante ver a ESPN-Brasil homenagear alguns campeões mundiais de basquetebol de 1.959 durante os Jogos Abertos de Piracicaba. Bom recordar que também fomos campeões (bi) em 1.963. Parabéns ao jornalista José Trajano pela feliz idéia. Para aqueles que não viram ou não têm na memória nossas grandes conquistas quero aproveitar para relembrá-los e humildemente homenagear, reverenciar e parabenizar nossos heróis.

Mundial do Chile, 1959: Wlamir Marques, Waldemar Blatkauskas, Rosa Branca, Pedro Vicente Fonseca (Pecente), Otto Carlos da Nóbrega, Jathyr Eduardo Schall, Fernando de Freitas (Fernando Brobró), Edson Bispo dos Santos, Waldyr Boccardo, Amaury Passos, Zenny de Azevedo (Algodão) e José Maciel Senra (Zezinho). Técnico: Togo Renan Soares (Kanela). Mundial do Brasil, 1963: Amaury Passos, Wlamir Marques, Ubiratan Pereira Maciel, Carlos Domingos Massoni (Mosquito), Benedito Cícero Tortelli, Carmo de Souza (Rosa Branca), Jathyr Eduardo Schall, Luís Claudio Menon, Antonio Salvador Sucar, Vítor Mirshauswka, Waldemar Blatkauskas e Friedrich William Braun (Fritz) Técnico: Togo Renan Soares (Kanela).

No primeiro mundial conquistado não era nem nascido, na conquista do segundo tinha apenas dois anos de idade. Se após quase cinqüenta anos fortes emoções tomaram conta de tantos, ao relembrar e homenagear nossos campeões mundiais, marejando os olhos, arrepiando a espinha, com um nó na garganta, muito afeto e palavras de agradecimento, quero aproveitar a justa homenagem da ESPN-Brasil para fazer uma comparação com o atual momento do basquetebol brasileiro. Como andamos para trás nos últimos anos. Graças a Deus que podemos nos orgulhar do passado, de nossos campeões mundiais, de nossas conquistas internacionais e participações olímpicas. Estive na Argentina, em 1.990, assistindo ao Mundial da nossa melhor classificação (5º lugar) dos últimos vinte anos.

Penso que toda esta emoção vista em Piracicaba no semblante de nossos campeões mundiais, tantos anos depois, poderia também ser vivida pelos atuais dirigentes do basquetebol brasileiro que têm o poder de realmente fazer com que nossa modalidade volte a ser uma potência mundial. Talvez com mais organização, planejamento e seriedade quem sabe até retornar a uma Olimpíada. Sei que este humilde artigo é para homenagear nossos campeões mundiais, mas não posso perder a oportunidade de alertar a comunidade do basquetebol brasileiro que nós podemos mudar esta realidade, podemos ser decisivos para tirar nossa modalidade da pior fase que vem vivendo em toda sua história. Nossa última Olimpíada foi em 1.996 nos Estados Unidos e no último Mundial, realizado no Japão, ficamos em 17º lugar, nossa pior classificação de todos os tempos.

Vivemos hoje, um clima de desânimo e desesperança. Temos que aproveitar este momento de homenagem aos nossos campeões mundiais para fazer uma reflexão do que vem acontecendo com o nosso basquete.  Chegou a hora de fazermos uma “revolução” no basquetebol do Brasil. Unidos, certamente seremos mais fortes. Deixemos as diferenças, o bairrismo, a vaidade e os interesses pessoais de lado. UNIÃO para recolocarmos o basquetebol brasileiro no lugar de que jamais deveria ter saído. A hora da mudança está chegando. Não vamos perder esta oportunidade.

A hora é agora!

Jogos Abertos do Interior

novembro 9, 2008

A cidade de Piracicaba é uma das fundadoras dos Jogos Abertos do Interior. A primeira edição aconteceu em 1.936, na cidade de Monte Alto. O município já sediou o evento em três oportunidades: 1.955, 1.958 e 1.988. Após vinte anos a cidade será novamente sede do evento que com o passar dos anos se tornou a maior competição esportiva amadora da América Latina.
A 72ª edição dos Jogos Abertos do Interior Baby Barioni (JAI) acontecerá de 10 a 23 de novembro, com a participação de 233 cidades, que disputarão 28 modalidades. Serão mais de 20 mil atletas, 3500 dirigentes esportivos, 400 árbitros e 200 organizadores. Os principais veículos de imprensa, mídia e comunicação estarão presentes, com destaque para a ESPN-Brasil, que tradicionalmente realiza uma cobertura excepcional, transmitindo diversos jogos ao vivo, com reportagens especiais e boletins diários durante toda sua programação. A festa de abertura está marcada para o dia 14 de novembro. A promoção é da Secretaria de Esportes, Turismo e Lazer do Estado de São Paulo em parceria com a prefeitura de Piracicaba.
No dia 1º de novembro, aconteceu o Congresso Técnico, onde foram discutidas todas as questões técnicas, a confecção dos grupos, sistemas de disputas e informações específicas de cada modalidade. Assis conquistou a sua melhor colocação em Jogos Abertos no ano de 2005, na cidade de Botucatu, quando alcançou o 17º lugar entre as 186 cidades participantes. Este ano Assis irá com 120 atletas. Com exceção do basquete e futsal adulto masculino que disputarão a divisão especial, as demais modalidades disputam a segunda divisão. A partir deste ano, somente as doze cidades campeãs gerais dos Jogos Regionais disputam a 1ª Divisão. Assis participará nas seguintes modalidades: Atletismo PPD, Basquetebol Feminino Sub-21, Capoeira Masculino e Feminino, Ciclismo, Damas, Futsal Feminino Sub-21, Futsal Adulto Masculino, Ginástica Rítmica, Malha, Natação PPD e Taekwondô Masculino e Feminino.
A equipe de basquetebol do Conti/AMEA/Assis disputará a divisão especial, que terá a participação de oito cidades, divididas em dois grupos: Grupo A: Limeira, Franca, Sorocaba e Casa Branca. Grupo B: Assis, Araraquara, Santos e São José dos Campos. Nas últimas três edições o Conti/AMEA/Assis foi campeão em 2.005 (Botucatu); 3º lugar em 2.006 (São Bernardo do Campo); e vice-campeão em 2.007 (Praia Grande). Historicamente, os Jogos Abertos do Interior conta com um acervo interessante e dos mais valiosos em termos esportivos porque em todas as suas edições tem a participação de equipes de alto nível, com a presença de atletas renomados ou de destaque nacional e internacional.
A “Olimpíada Caipira” como é carinhosamente chamado os Jogos Abertos, tem muita história e tradição. São 72 anos de disputas, confrontos, rivalidades e conquistas. Quero terminar, desejando a todos os esportistas de Assis que estarão nos Jogos Abertos uma excelente participação e que todos lutem por medalhas com muita garra, vibração e determinação. Mas, se por algum motivo as medalhas não vierem, fique triste e chateado, em seguida, sinta-se com a sensação do dever cumprido, porque nos Jogos Abertos, com raras exceções, estão sempre os melhores atletas.

Cesta Contra

outubro 28, 2008

Técnico ou jogador de qualquer modalidade esportiva é profissão como outra qualquer. Sou técnico de basquete há 24 anos e a cada temporada que começa ou termina coisas boas e ruins acontecem. Fui técnico de vários dos principais jogadores do país e de alguns estrangeiros de alta qualidade e aprendi muito com todos eles. Trabalhei e convivi com jogadores de diferentes personalidades, classes sociais, famílias, religiões, regiões do país e até onde percebi, aprendi muito com os defeitos e virtudes de cada um deles. Humildade, disciplina, comprometimento, profissionalismo, responsabilidade e hombridade são qualidades importantes de um atleta e vi muitos assim. Vaidade, egoísmo, falta de caráter, ingratidão e falsidade são defeitos graves e também conheci atletas e gente assim. Poderia narrar aqui vários episódios que aconteceram comigo durante todos esses anos nessa relação técnico/jogador, mas por ética e também por alguns princípios de vida vou apenas tecer comentários superficiais. Não resta dúvida que uma das mais difíceis tarefas de um técnico de esporte coletivo é administrar vaidades. Para facilitar, sempre tentei fazê-lo com muito critério, transparência e justiça. Às vezes não conseguimos agradar a todos, até familiares de atletas. Se todos nós conseguíssemos viver profissionalmente sem diferenças, contrariedades, discórdias, discussões, reclamações, críticas, com certeza viveríamos bem melhor, mas isso não deixa de ser uma utopia. Não existe qualquer atividade profissional no mundo que não existam esses problemas. Procuro trabalhar e tomar decisões na minha profissão prestando contas de meus atos para minha consciência e para Deus. Pior coisa no mundo é viver com a consciência pesada. Graças a Deus, mesmo sabendo que posso ter desagradado alguns atletas ou até seus familiares por conta de alguma decisão, tenho a consciência tranqüila de que jamais persegui ou prejudiquei qualquer pessoa. Só não posso me omitir ou transferir minhas funções e obrigações para outro. Todo mundo sabe que quem contrata ou dispensa jogador é o técnico e nesse aspecto procuro sempre defender, preservar e fazer o que é o melhor para o clube que trabalho. Sempre agi assim. Mesmo sabendo que às vezes posso ser vítima e “tomar alguma cesta contra”. Como? Por mentiras, decepções, falsidades, “sacanagens”, inclusive de pessoas que entendia ter o mínimo respeito e consideração pelo nosso trabalho. Penso que pessoas que agem assim são desonestas, oportunistas, de caráter duvidoso, pois usam a internet, as comunidades e os orkuts da vida com nomes falsos para criticar ou diminuir as pessoas sempre com mentiras, leviandades e até falsos testemunhos. Quem dera pudesse eu tornar público muitas coisas que acontecem durante uma temporada. Jamais faria isso, por ética e respeito às pessoas, mas se o fizesse, com certeza, colocaria meu nome e RG. Ser ingrato, faltar com o respeito, caluniar e fazer afirmações falsas utilizando-se do anonimato não é nenhum ato de coragem ou de rebeldia. Por mais que tente entender o que leva uma pessoa a tal atitude não encontro resposta cabível para tanta imbecilidade. Como digo há anos para os atletas: “uma bola de basket não pode estar acima de nossa integridade”.
Respeito, credibilidade e confiança ninguém compra, isso se conquista com o tempo através de exemplos e atitudes. Finalizo reafirmando que no basket temos que lutar pelas vitórias, por um lugar na equipe, por bons contratos, mas não precisamos “vender” a alma para o diabo para levar qualquer tipo de vantagem.

LNB: a última esperança

outubro 24, 2008

Tudo começou com a NLB (Nossa Liga de Basquete), que teve como principais lideres os ex-jogadores Oscar Schmidt, Paula, Hortência e Janete. Em seguida foi criada a Associação dos Clubes de Basquete do Brasil (ACB-Brasil), que foi fundada pelos principais clubes do Estado de São Paulo. Atualmente, a entidade é dirigida pelos empresários Cássio Roque (Winner/Limeira) e Joaquim Carvalho Motta Júnior (Conti/Assis), presidente e vice, respectivamente. Recentemente, foi criada a Liga Nacional de Basquete (LNB), que tem como principal objetivo promover o campeonato nacional de 2009. A idéia é bem simples: o campeonato será promovido e organizado pelos clubes e a Confederação Brasileira de Basketball (CBB), oficializa a competição.

Os dirigentes da LNB estão trabalhando intensivamente na busca de patrocinadores para ajudar no pagamento de todas as despesas (transporte, hospedagem, alimentação, arbitragem, bolas, estatísticas, etc.), bem como, na realização de um campeonato bem organizado, com credibilidade, índice técnico e visibilidade. A CBB ficará responsável para que as regras da FIBA sejam respeitadas, pela parte disciplinar da competição (TJD) e também, em parceria com a LNB, fazer a escala de arbitragem. Depois de tantas tentativas, a LNB é a grande ou até a última esperança dos amantes do basquetebol para “revolucionar” a modalidade aqui no Brasil.

Lendo diversas entrevistas de importantes personalidades do passado e de técnicos, jogadores e dirigentes que militam atualmente no basquete, todos estão confiantes e esperançosos que através da criação da LNB, o basquetebol brasileiro poderá voltar a ser uma das principais modalidades esportivas do país. As negociações para as transmissões das partidas estão sendo feitas com a SporTV, Band Sports e ESPN Brasil.
A edição da primeira Liga de Basquete terá a participação de dezesseis a vinte clubes, representando os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal. O lançamento do evento está programado para o dia 15 de novembro de 2008, em local ainda a ser definido. A primeira diretoria eleita da LNB tem como presidente o mineiro Kouros Monadjemi, dirigente do Minas Tênis, de Belo Horizonte, e como vice-presidente o paulista Cássio Roque,  dirigente do Winner/Limeira. Além da eleição da diretoria, os clubes criaram Comissão Executiva, que é composta por sete clubes, que ficará responsável pelo regulamento da competição. Outra novidade interessante é que pela primeira vez na história, os técnicos das equipes que participarão da Liga, estiveram reunidos por dois dias em um hotel em Rio Claro para discutir e elaborar o regulamento, o sistema de disputa e a tabela da competição.

Uma coisa é certa, se realmente acontecer tudo o que vem sendo planejado pela LNB e se todos os dirigentes honrarem suas palavras e decisões, acho que poderemos ter um dos melhores campeonatos nacionais de todos os tempos. Se isso ocorrer, com certeza, os “basqueteiros” do Brasil agradecem.

Os verdadeiros amigos

outubro 8, 2008

“Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!”. – Machado de Assis

Nos momentos difíceis da vida é que conhecemos os verdadeiros amigos. Alguns deles até não imaginava o quanto são meus amigos. Quantos conselhos, orações e palavras de carinho venho recebendo nos últimos tempos. Acho que até não mereço tanto, mas para o resto de minha vida vou ser grato a todos eles pela consideração, preocupação e solidariedade. A amizade e a gratidão são sentimentos nobres e eternos que todo ser humano deveria levar no coração por toda a sua existência. Graças ao bom Deus tenho grandes e bons amigos, daqueles que deixam enormes “buracos” quando estão ausentes no nosso dia a dia. Tenho amigos de infância e de colégio que não vejo há muitos anos. Trabalho com esporte desde 1.981, com basquetebol desde 1.984, através de minha profissão, Graças a Deus, por onde andei e morei, fiz grandes amizades.
Sou técnico de basquetebol há 24 anos consecutivos e durante uma grande fase de minha carreira devo muito a duas pessoas que considero grandes amigos: Matias Romano (vice-presidente da Liberty Paulista Seguros) e Paulo Tavares (sócio-proprietário da empresa Leitor Recortes). Vou ser eternamente grato e jamais vou esquecer da presença dos dois em minha vida. Muitos amigos do passado quase não consigo ver com freqüência, mas fico feliz em saber que a maioria está na travessia da vida com saúde e prosperidade. A vida infelizmente nos leva para caminhos diferentes um dos outros, mas a verdadeira amizade não tem distância, contratempo ou esquecimento. Outro laço forte de amizade que todos nós devemos ter é com nossos familiares. Tenho muito orgulho de ter um irmão como o que eu tenho. Meu irmão, Marco César, durante toda a sua vida sempre foi um dos melhores amigos que tive. Sou testemunha também de como ele sempre procurou ajudar ou atender os pedidos de seus amigos.
Muitos que estão lendo este artigo neste momento já devem ter passado por algum tipo de crise em suas vidas. Pode ser na profissão, na família, no casamento, na política, nos negócios ou até por uma crise financeira. Nessa hora, com certeza, você realmente reconhece e sente quem são seus verdadeiros amigos. Amigo a gente não faz, reconhece. Tenho convicção que por onde morei conquistei grandes amizades. Graças a Deus, aqui em Assis não foi diferente. Tenho um carinho especial por todos eles. Recentemente reconheci alguns verdadeiros amigos. Tenho certeza que ao lerem este artigo saberão que falo de cada um deles especialmente. Amigo verdadeiro é aquele que nas horas ruins te cede um ombro amigo, dá conselhos, envia mensagens, telefona, se preocupa com você, faz questão de demonstrar seus sentimentos e que sua amizade é inegociável. Como diz um delegado amigo meu: “companheiro é companheiro”. Com exceção do Rubinho Espíndola, meu amigo e conselheiro, não vou citar nomes para não cometer a ingratidão de esquecer de alguns deles, mas quero agradecer a todos os meus verdadeiros amigos pela atenção, confiança, dedicação, solidariedade e acima de tudo pela fidelidade de sua amizade. Muito obrigado. Só me resta recorrer a Milton Nascimento para reafirmar meus compromissos com cada um:
– “Amigo é coisa pra se guardar, do lado esquerdo do peito, dentro do coração, assim falava a canção”.