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Ainda há uma esperança

julho 31, 2008

O dia 01 de agosto poderá ficar marcado na história do basquetebol brasileiro. Neste dia será fundada em São Paulo, na sede do Clube Athletico Paulistano, a Liga Nacional de Basquete (LNB). Ela será criada através da união dos clubes da Associação dos Clubes de Basquetebol do Brasil (ACB do Brasil) e os clubes pertencentes ao comitê executivo da Confederação Brasileira de Basketball (CBB).

A expectativa é que estejam presentes na fundação os seguintes clubes do Estado de São Paulo: A.E.São José Basketball/Vinac, Conti/AMEA/Assis, E.C. Pinheiros, GRSA/Bauru, Lupo/Araraquara, Paulistano/Dix Saúde, Ulbra/Rio Claro, Unimed/Franca, Winner/Limeira. Dos outros Estados do Brasil teremos os seguintes representantes: FTC (Bahia), Universo/Converse (Brasilia), Cetaf/Garoto (Espírito Santo), Saldanha da Gama (Espírito Santo), Pitágoras/Minas (Minas Gerais), Inesul/Londrina (Paraná), Flamengo/Petrobrás (Rio de Janeiro), Iguaçu Basquete (Rio de Janeiro), Univates/Bira (Rio Grande do Sul) e Ciser/Univille/Joinville (Santa Catarina). Deverão ser eleitos por aclamação para o primeiro mandato os dirigentes Kouros Monadjemi, do Minas Tênis, e Cássio Roque, do Winner/Limeira, para presidente e vice, respectivamente.

Ficou decidido em reuniões anteriores que a Liga terá um Conselho de Administração que será representado por sete clubes:  E.C. Pinheiros, Paulistano/Dix Saúde, Unimed/Franca, Universo/Converse, Pitágoras/Minas, Flamengo/Petrobrás e Ciser/Univille/Joinville. A sede da nova entidade que será a responsável para promover e organizar o próximo campeonato nacional ficará em São Paulo (Capital).

A esperança de todos é que após a fundação desta nova entidade o basquetebol brasileiro volte a reviver seus grandes momentos, principalmente com a realização de campeonatos nacionais de alto nível técnico, de grande visibilidade, com retorno de mídia para os patrocinadores, ginásios cheios, suporte financeiro para os clubes para o pagamento de diversas despesas e muitas transmissões de jogos ao vivo por diversos canais de televisão. Entendo que esta será a última chance que o basquetebol brasileiro terá para voltar a ser uma das principais modalidades esportivas do país.

Neste momento delicado em que passa nossa modalidade, acho que essa iniciativa poderá “revolucionar” os destinos do nosso basquete, resgatando a confiança e a credibilidade que sempre tivemos perante a sociedade e a coletividade esportiva do Brasil. Sou adepto daquela frase: “ a esperança é a última que morre”. Nós, “basqueteiros”, não iremos melhorar o nosso basquete compondo ou ouvindo música de protesto, mas, sim, com união dos clubes, humildade e sabedoria dos dirigentes e participação ativa da imprensa.

Lição para o futuro

julho 23, 2008

Infelizmente não foi desta vez. A Olimpíada de Pequim não terá a participação do basquetebol masculino do Brasil. Está virando rotina. Serão dezesseis anos de ausência. Nossa última participação foi na de Atlanta (EUA), em 1.996. Como um país que já foi campeão mundial duas vezes (1.959 e 1.963) e medalha de bronze em três Olimpíadas (1.948, 1.960 e 1.964) e que nunca fez feio nesta competição porque sempre ficou entre os seis primeiros, com exceção de 1.972 (7º lugar) e 1.984 (9º lugar), mas que até 1.996 havia participado de todos os Jogos Olímpicos pode entrar em um declínio olímpico tão grande. Muitas opiniões eu li e ouvi a respeito. Algumas eu concordo, outras não. Que o nosso esporte está dividido, sem credibilidade, sem uma organização adequada, sem planejamento e com um desgate enorme de relacionamento entre os atuais dirigentes da CBB e nossos principais atletas, é verdade. Outro problema é que a classificação para os Jogos Olímpicos se tornou muito mais difícil.

O Pré-olímpico da Grécia foi muito mais difícil do que aquele disputado no ano passado nos Estados Unidos. São apenas 12 seleções do planeta que disputam a competição de basquete. Sei que não é desculpa, mas a Itália, atual vice-campeã olímpica, não estará em Pequim. A França que foi medalha de prata em Sydney/2000 também não se classificou. Os paises classificados são os seguintes: Estados Unidos, Espanha (campeã mundial), Rússia, Lituânia, Argentina, Angola, Austrália, Irã, Grécia, Croácia, Alemanha e China (país sede). Li um artigo muito interessante do Juca Kfouri, aliás um jornalista que eu admiro muito. Não concordo com o Oscar que disse que os culpados são os atletas que não quiseram jogar. O Oscar sabe muito bem os motivos da recusa de cada um deles. É uma pena que todos ficam se auto-enganando. Concordo com ele quando diz que os atletas que estiveram na Grécia não tem culpa de nada. Vou mais além, acho que eles foram verdadeiros hérois por não desistirem da árdua e difícil missão.

Nossa eterna rainha Hortência afirmou que perdemos da Alemanha pelo nervosismo. Também pudera, deixaram toda a responsabilidade do futuro do nosso basquete nas mãos de um grupo que na sua maioria foi formado por jogadores jovens, com pouca experiência internacional e que nos seus clubes não estão acostumados a tamanha responsabilidade. Bem disse o Wlamir Marques, comentarista da ESPN, que a melhor chance de chegar a Olimpíada foi jogada fora em Las Vegas.

Espero depois disso tudo que possamos aprender e tirar uma lição dos erros e fiascos que aconteceram e que iniciemos um novo ciclo-olímpico de maneira diferente, com mais diálogo, humildade, compreensão e união.

Comprometimento

julho 9, 2008

A partir da próxima segunda feira, dia 14, o Brasil terá a última oportunidade de voltar a disputar uma Olimpíada. Mesmo com alguns desfalques importantes, gostei muito do que vi nas três partidas que nossa seleção apresentou no Torneio de Acrópolis. Independentemente das mudanças táticas e da nova filosofia implantada pelo técnico Moncho Monsalve, o que mais gostei foi ver um grupo unido, com muita vontade de vencer, de defender, jogando um basquete com muita garra, determinação e comprometimento. A estréia do Brasil no Torneio Pré-Olímpico Mundial será dia 15 de julho, terça feira, às 16:00 horas (horário de Brasília) contra o Líbano. Na quarta feira, dia 16 de julho, também às 16:00 horas, iremos enfrentar a Grécia.

Os grupos são:
Grupo A: Brasil, Grécia e Líbano.
Grupo B: Alemanha, Cabo Verde e Nova Zelândia.
Grupo C: Coréia, Eslovênia e Canadá.
Grupo D: Camarões, Croácia e Porto Rico.

De acordo com o regulamento, na primeira fase, as 12 seleções se enfrentam nos seus respectivos grupos. As duas primeiras colocadas de cada grupo se classificam para as quartas-de-final nos seguintes confrontos: A1 x B2, B1 x A2, C1 x D2 e D1 x C2. Os vencedores avançam a fase semifinal. Das quatro seleções classificadas para a fase semifinal, três participarão da Olimpíada de Pequim ao lado dos nove paises já classificados: China (país sede), Espanha (campeã mundial), Estados Unidos, Argentina, Irã, Angola, Austrália, Rússia e Lituânia.

Espero que os leitores não entendam isso como desculpa, mas acho que apenas doze vagas para que todos os paises do Mundo disputem uma Olimpíada é um número muito pequeno para os dias atuais. O COI (Comitê Olímpico Internacional) deveria discutir e estudar a possibilidade de aumenta – lá para as próximas competições.

Os doze atletas brasileiros que estão na Grécia são os seguintes:
Armadores: Marcelinho Huertas e Fúlvio;
Ala/armadores: Duda e Marcelinho Machado;
Alas: Alex, Jonathan e Marcus Toledo;
Pivôs: Murilo, Rafael Baby, Tiago Spliter, Ricardo Probst e J.P. Batista.

Volto a repetir, a conquista da vaga olímpica é muito difícil, mas não é impossível. O Pré-olímpico disputado no ano passado nos Estados Unidos foi muito mais fácil. Agora, pela atitude do grupo e dos jogadores nos treinamentos e nos jogos amistosos, acho que podemos acreditar que a conquistaremos. Às vezes, por vários motivos, a qualidade técnica de uma equipe ou seleção diminui, mas em contrapartida quando sobram comprometimento, cumplicidade, espírito de equipe e humildade, as dificuldades e os obstáculos são muito mais fáceis de serem superados.

Novos tempos

julho 1, 2008

Sem dúvida o sonho dos torcedores do Conti/Assis é comemorar a conquista de um título de campeão paulista. Entendo que para ser campeão necessitamos de tempo, continuidade do trabalho, persistência e união de esforços. Não por acaso, desde que foi criada a Divisão Especial Série A-1, Masculino, apenas nove cidades conseguiram este feito: São Paulo (Capital), Franca, Rio Claro, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Lençóis Paulista, Mogi das Cruzes, Bauru e Barueri (por conta do Mão Santa, Oscar).

Temos consciência da importância desta conquista, e neste momento quero relatar e realçar alguns feitos importantes do basquetebol de Assis nos últimos anos. Antes de tudo, a excepcional parceria entre a Autarquia Municipal de Esportes de Assis (AMEA) e a Casa Di Conti, empresa da Família Conte, patrocinadora oficial e principal de todas as atividades relacionadas ao basquetebol de Assis. Cabe aqui um agradecimento especial ao empresário Gerson Conte Filho (Gersinho). Com certeza a presença da Casa Di Conti fez com que o basquetebol assisense se tornasse em um curto espaço de tempo uma referência no cenário esportivo brasileiro. Como sempre digo: “o basquetebol de Assis é privilegiado por poder contar com um patrocinador como a Casa Di Conti”. São seis anos de parceria e trabalho. Hoje, com o passar dos anos, o Conti/Assis conquistou muito respeito e credibilidade. Em razão disso, ano passado, foi lançada a campanha “Parceiros do Conti/Assis”, que agregou ao projeto mais de trinta empresas, com destaque para a Andorinha, que transporta gratuitamente o time assisense, o Supermercado Avenida, o Açúcar União e a Unimed. Outra conquista foi a parceria com a empresa Pro-X, de Marilia, que fornece todos os uniformes da equipe. Estamos também com um site no ar: www.contiassis.com.br, que vem recebendo muitos elogios dos amantes do basquete. Temos também uma parceria excepcional com o Anglo/Xereta, Fema e Ieda, três conceituadas instituições de ensino da cidade.

Outro feito importante foi a cidade de Assis se transformar em um dos pólos mais importantes do basquetebol brasileiro, porque além de ter a equipe adulta sempre entre os primeiros lugares, realiza um trabalho intensivo de massificação, formação e revelação de atletas.

O apoio popular continua em alta já que milhares de pessoas comparecem nas dependências do “Jairão”, torcendo, incentivando e se emocionando com a nossa equipe.  Na última temporada, de forma inédita, disputamos um torneio internacional na Europa e pela primeira vez, temos um atleta do Conti/Assis na seleção, jogando o Pré-olímpico da Grécia. Repito: sabemos que falta o título de campeão paulista, nas últimas três temporadas chegamos perto, acho que é apenas questão de tempo. Enquanto ele não vem, podemos comemorar outras importantes conquistas. Algumas delas cito, outras omito porque são muitas, outras virão, mas o mais importante é que todos nós estamos em paz com a nossa consciência, porque, se falta o sonhado título de campeão paulista, Graças a Deus, sobra vontade de trabalhar e de defender o Conti/Assis com muita honestidade e comprometimento.